sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Livros impressos estão com os dias contados...

... serão substituídos pelos livros digitais nos próximos 5 anos!

Polêmica à vista :)

Pois é, quem afirma é o Nicholas Negroponte, criador do Media Lab no MIT e autor do clássico livro Vida Digital (1995). Ele confirma, em entrvista à rede CNN, que o fim dos livros físicos será motivado pelos países em desenvolvimento, os principais vetores na assimilação desse novo modelo de negócios para a indústria editorial.



"Imaginem as questões logísticas de como distribuir uma biblioteca de 10.000 livros para uma aldeia remota no interior da África? Simples: podemos enviar 100 laptops com 100 livros distintos em cada um deles. Por analogia, os africanos (e os países em desenvolvimento) foram os principais responsáveis pelo boom no uso dos celulares no mundo. E para a maioria deles, o celular foi o seu primeiro telefone", afirma Negroponte, com a propriedade de também ser o fundador do OLPD (projeto que visa distribuir um laptop para cada criança do mundo).

E vocês, o que acham? Já estão se preparando?

O que farão daqui a 5 anos como bons profissionais da informção, formados pela UFAM?

Bons caminhos,

R

Fonte: http://bit.ly/bPajMI (em inglês)

p.s. eles falam sobre o Kindle na entrevista, e parece que pronuncia-se algo como "quíndou" :)

7 comentários:

  1. Por mais que a era digital domine virtualmente, ainda creio nos livros impressos dominando o mercado daqui a 5 anos,pois, é muito gostoso o manuseio, o sabor de folhear, o aroma do cheiro novo da compra e o prazer da leitura tradicional dos mais diversos temas; a nostalgia do semblante de uma criança descobrindo novos horizontes nos livros impressos não tem tecnologia que sinta esta emoção.Obrigada!

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  2. É verdade, Marilda.. ótimo comentário! também gosto de folhear um livro novo.. contudo, lendo seu comentário lembrei também do quanto gostava de minha coleção de LP :) e todo a cultura envolvida, desde a escolha dos discos nas lojas, onde encontrávamos outros fãs de nossas bandas, passando pelas músicas do Lado B e até o prazer de organizá-los e limpá-los antes de selecionar a rotação 75 ou 45 RPM.. hoje, mostrar radiolas e tentar dercrever isso à Geração Y é convidá-los a uma viagem ao passado :)

    Eu, particularmente, acho que o semblante das crianças será ainda mais cheio de brilho com toda a interatividade, colaboração e imersão que elas poderão ter com os iminentes leitores digitais.. devemos é possibilitar a todas as crianças esta experiência..

    Com esta postagem, quero, no mínimo, provocá-los a pensar no assunto..

    Bons pensamentos :)

    R

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  3. Concordo que será facilmente adaptável, pois as mudanças ocorrem sem que agente perceba, agora acho que quem não tá gostando nada disso são as editoras, porém terão que se adaptarem a essas mudanças. Cabe também a nós usuários e profissionais andar juntos com o desenvolvimento tecnológico, pois só assim o livro digital será uma realidade.

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  4. A evolução dos suportes de informação de forma alguma tira o valor dos bibliotecários, simplesmente 'forçará' nossa tradicional profissão a se adaptar a essa nova forma de livros. Aliás acho que é por isso que estão inserindo tantas disciplinas relacionadas à computação nas graduações em Biblioteconomia. Estamos nos preparando para o 'fim' ou o 'recomeço' dos livros, dependendo do ponto de vista...

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  5. Tal polêmica vem sendo discutida em diversos sites, em diversos lugares, universidades, enfim. Porém, na minha particularidade penso que, há a hipótese de ambos cominharem juntos, como já estão. A tecnologia sem dúvida é imprescendível, pois tem seus benefícios na questão, manter em um bom estato o acervo, disponibilização gratuita de livros, enfim ajuda na disseminação em massa. Mas o livro impresso sem dúvida ainda faz parte e espero que permaça por um bom tempo fazendo parte da nossa realidade, porque nada substitui o bom cheito do livro. abraço

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  6. Em sua função mais humanista, o bibliotecário tem o objetivo de disseminar informação à comunidade, à sociedade, à população. A informação, como objeto de trabalho e estudo do bibliotecário tem sido afetada pela tecnologia, modificando seu formato, suporte, processamento e disseminação, afetando, inclusive, os tradicionais modelos de trabalho do bibliotecário, forçando uma mudança de paradigma. Com o fenômeno da globalização, os livros digitais já são uma realidade e se um dia eles vierem a substituir os acervos físicos, nós enquanto futuros profissionais da informação temos o dever de nos adaptar aos seus novos formatos e suportes, ainda assim cumprindo a sua a função descrita no início do comentário. Até mais.

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  7. Prezado professor,
    este texto deveria ter sido postado ontem, mas eu o perdi enquanto esta montando...
    - pelo trabalho q deu montá-lo, espero que seja aceito. O mesmo organizado a partir das tentativas de compreender a entrevista do sr. Nicholas Negropont e análise das apresentações dos painéis do 3º Encontro sobre os Laptops na Educação OLPC, em set.2010
    Como fundador do OLPD, do sr. Nicholas Negroponsupot, é visível o entusiasmo de suas palavras sobre o assunto...
    No entanto, este tema foi analisado pela professora Marguerita Gomez de uma forma que merece maior divulgação.
    Esta professora fez parte do ^Painel 3: Educar em tempos de leptops^, no 3º Encontro sobre os Laptops na Educação OLPC.
    Pelo que entendi de sua apresentação, a mesma não coloca em questão que haja pontos positivos nas estratégias de aprendizagem utilizando-se leptops com crianças, a exemplo da professora Flaviana, da Escola que participa dos Pilotos da OLPC, em Florianópolis; ou no ensino de matemática - no Uruguai, utilizando-se a proposta de Seymour Papert e Wally Feurzeig, do MIT, como mostra um vídeo no Youtub - dentre tantos.
    Considero três pontos que devem compor a crítica ao programa 1x1Ç:
    1. Negligenciar as diferenças entre prendizagem e educação. E portanto, negligencia a educação como ato polítco - nos passos de Paulo Freire. Daí o apagamento das discussões sobre os projetos de educação subsidiados pelo Banco Mundial visando o fortalecimento da sua ótica de mercardo global - lembrando: em detrimento de culturas e outras relações econömicas não capitalistas...;
    2. Ausência de refência histórica - nos passos da crítica de Thamus ao deus Theuth, inventor do número, do cálculo, da geometria, da astronomia e da escrita. Confiram: http://ricardosaldanha.wordpress.com/2003/10/13/o-julgamento-de-thamus-para-refletir/
    3. Carência de dados acerca do dinheiro e das externalidades inerentes à proposta de ^um leptop para criança do planeta^.
    Ops.: quando eu for uma bibliotecária, juro q vou saber melhor onde burcar...
    Well, I'm not a good businessman, then preted to be a librarian... Right?
    Elione

    Bem, agora, um pouco das palavras da professora Marguerita Gomez:
    ...Qual o lugar que ocupamos nesse universo relacionado com a vontade política e o sentido que tem para nós docentes incorporar massivamente o programa 1x1. E se tiver sentido, como realizar a formação? É sabido que a formação básica do professor ainda está longe do mundo digital. Como aproxima-lo? Se não integramos massivamente e integralmente os professores na sala de aula – com a sua valorização e direitos –, qual o sentido de integrar massivamente o laptop nas escolas públicas? É possível substituir o lápis e o papel por similares digitais para mudar as vivências e o rendimento tal como os entende Nicholas Negroponte (2005)? E possível acreditar que todo aluno, pelo simples fato de nascer na era digital será um programador em potencial, conseguirá a sua autonomia para a autoaprendizagem e se tornará cidadão do mundo? Educação é mais do que o conteúdo disponibilizado e muitas vezes vendido nos portais? O que é alfabetização? E alfabetização digital? Novamente, qual o lugar do docente? Seguiremos colocando a responsabilidade nas costas do docente, no viés do Banco Mundial? É melhor deixar o aluno navegar livremente ao sabor de eventuais conexões, em vez de nas mãos de um docente despreparado? Qual a autonomia do aluno/professor para usar e recriar aqueles artefatos culturais e o que fazer com os artefatos que por eles sejam criados? Como criar cultura e respeito pelo artefato?...

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